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Porque nos sentimos ansiosos?

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Segundo a abordagem cognitivo-comportamental, a ansiedade é compreendida como um fenômeno complexo que resulta da interação entre pensamentos, emoções e comportamentos. Surge, sobretudo, de padrões disfuncionais de pensamento e crenças negativas sobre situações futuras, eventos e circunstâncias percepcionadas como desafiantes. 


De acordo com a abordagem cognitivo-comportamental, a ansiedade pode ser classificada em dois tipos principais: ansiedade adaptativa e ansiedade desadaptativa.


Ansiedade adaptativa:

refere-se a um nível moderado de ansiedade, considerado normativo e até útil em determinadas situações. É uma resposta natural do organismo perante eventos percebidos como ameaçadores ou desafiantes. A ansiedade adaptativa pode ajudar a mobilizar recursos mentais e físicos para lidar com circunstâncias, promovendo um estado de alerta que permite enfrentar os desafios de forma mais eficaz. 

Ansiedade desadaptativa:

caracterizada por um nível excessivo e prejudicial de ansiedade, que seria expectável para uma determinada situação. Esta forma de ansiedade tende a ser intensa, persistente e desproporcional à realidade do evento, podendo interferir significativamente no funcionamento quotidiano da pessoa e afetar o seu bem-estar emocional, físico e social.


O ponto chave para diferenciar a ansiedade adaptativa da desadaptativa é o grau de interferência e o sofrimento que causa na vida diária da pessoa. Enquanto a ansiedade adaptativa é geralmente uma resposta temporária e situacional, a ansiedade desadaptativa tende a ser mais persistente e dificultar o funcionamento normal da pessoa. 


Razões pelas quais sentimos ansiedade: 

Crenças irracionais:

pensamentos negativos e crenças disfuncionais podem desencadear ansiedade. Por exemplo, acreditar que tudo correrá mal numa determinada situação aumenta a probabilidade de sentir ansiedade antes do evento.

Preocupação excessiva:

a tendência para se preocupar demasiado com o futuro, antecipando possíveis problemas ou consequências negativas, gera ansiedade. Essa ruminação constante aumenta a sensação de perigo e incerteza. 

Pensamentos automáticos negativos:

são pensamentos rápidos e involuntários que surgem em resposta a situações específicas. Costumam ser catastróficos e exagerar a probabilidade de acontecimentos negativos. 

Evitar situações:

muitas vezes, a resposta à ansiedade envolve comportamentos de evitação, nos quais a pessoa tenta evitar situações ou estímulos percebidos como ameaçadores. Embora essa evitação alivia temporariamente o desconforto, acaba por reforçar o medo e preocupação a longo prazo.

Supervalorização das consequências:

pensar que os resultados de uma situação serão catastróficos ou insuportáveis pode intensificar a ansiedade. As pessoas tendem a subestimar a gravidade dos resultados negativos.

Aprendizagem por condicionamento:

segundo a abordagem cognitivo-comportamental, experiências traumáticas podem levar à associação de determinados contextos ou ambientes a perigo, originando ansiedade.

Aprendizagem social:

a ansiedade pode ser adquirida por meio da observação. Crescer em ambientes onde os outros são ansiosos ou enfatizam constantemente o perigo pode levar à internalização dessas crenças.

Autocrítica e auto-sabotagem:

pessoas com tendência para a ansiedade podem ser altamente autocríticas e ter expectativas irrealistas sobre si mesmas. Essa autocrítica intensifica o mal-estar e alimenta o ciclo ansioso.


É essencial ressaltar que a ansiedade é um fenômeno multifacetado,  e cada pessoa pode apresentar diferentes fatores que contribuem para a manifestação.


Considerações finais:

A abordagem cognitivo-comportamental procura ajudar as pessoas a identificar pensamentos e crenças disfuncionais, promovendo estratégias mais adaptativas para lidar com as situações geradoras de ansiedade. 

O objetivo é desenvolver uma relação mais equilibrada com a ansiedade, aprender a enfrentar os desafios de forma mais eficaz e reduzir tanto a frequência como a intensidade da ansiedade. 


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