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Procrastinação

O termo procrastinação é utilizado para diversos fenómenos de atraso. Pode ser definida pelo atraso voluntário de uma atividade necessária e/ou importante, apesar da pessoa estar ciente das potenciais consequências negativas. É considerada um ato deliberado, que integra uma falha na motivação ou anulação, dando origem à lacuna de intenção-ação.


Alguns estudos referem que o ato de procrastinar resulta de traços de personalidade. Relacionam o aumento da procrastinação com: a diminuição da consciência, tendência do perfecionismo, baixa auto-estima, baixo auto-conceito e diminuição do otimismo. Do mesmo modo, centraram-se na procrastinação com variáveis motivacionais e encontraram evidências que no caso das variáveis motivacionais, a procrastinação tem menos probabilidades de ocorrer em atividades intrinsecamente autodeterminadas. Porém, a pessoa pode rapidamente procrastinar quando manifesta baixo controlo interno, baixa auto-eficácia e baixa autorregulação emocional. Outras variáveis que induzem o ato de procrastinar, correspondem à dificuldade na gestão de tempo e estratégias de aprendizagem.


Deste modo, a procrastinação pode ser influenciada pelas principais construções: expectativa, valor, atraso e impulsividade. Significa que a motivação é a causa subjacente e aumenta à medida que a expectativa de um resultado ou valor de um resultado aumentam. Contrariamente, a motivação diminui à medida do atraso do resultado e na qual a impulsividade aumenta. De acordo com esta teoria, a procrastinação tem mais probabilidade de ocorrer se o resultado de uma atividade possibilita uma recompensa a longo prazo.


É importante salientar que a procrastinação pode tornar-se problemática quando se prolonga no tempo ou se torna um padrão de comportamento, uma vez que, gera desmotivação, aumenta os níveis de ansiedade e/ou stress, causando mal-estar significativo.


Pensamentos que possam surgir e reforçam o ato de procrastinar:

“Não sei por onde começar”

“Não faz qualquer diferença se adiar”

“Sempre fiz desta maneira e não vou mudar”

“Trabalho melhor sob pressão”

“Preciso estar de bom humor”

O ato de procrastinar está intimamente ligado à gestão das emoções e não se justifica apenas pela falta de estratégias para concluir tarefas.


A gestão da autorregulação emocional é crucial no processo de mudança. Refletir sobre as razões de procrastinar e quais as emoções que estão subjacentes ao ato ajuda a clarificar, proporcionando alternativas para lidar com a tarefa e executá-la com uma perspetiva mais ajustada.



Dicas para parar de procrastinar:

  • Identifique emoções que possam estar a condicionar

  • Identifique um padrão: por exemplo, refletir em que circunstâncias a procrastinação acontece e qual a razão.

  • Organize-se e faça uma coisa de cada vez: por exemplo, estruture numa folha as funções e determine a prioridades

  • Bloquear estímulos externos: otimizar o tempo dedicado à tarefa. Exclua elementos que o possam distrair como o telemóvel e a televisão

  • Escolha um ambiente tranquilo

  • Crie uma espécie de sistema de recompensas: atribuir pequenos prémios ou punições (caso as tarefas sejam cumpridas ou não)



 
 
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